História da Caixa de Papelão
A primeira caixa de cartão foi produzida comercialmente na Inglaterra em 1817. No mesmo ano, na Alemanha, foi criada a caixa de papelão para embalagem. Nos dois casos, tratavam-se de materiais lisos e sem ondulações.
O Papelão Ondulado, que é um bom recurso para produzir materiais de embalagem e não apenas caixas, foi inventado por Albert L. Jones, em Nova York em 1871, US Pat. No. 122.023.
A Patente original de Albert L. Jones foi para uma papelão ondulado de face simples, isto é, uma folha de papel ondulado forrado de um lado com papel cartão plano.
Uma forma similar de ondulação de papel havia sido patenteada anos antes, em 1856 na Inglaterra, e era utilizado como um forro interno para chapéus altos. Porém a patente Albert L. Jones foi a primeira que, explicitamente, propõe-se como uma evolução de material de embalagem.
Isso fez toda a diferença para tornar Albert L. Jones conhecido como “O pai do papelão ondulado”.
Especula-se que Albert L. Jones, que era um técnico farmacêutico, tinha uma queda por mulheres. Observando-as, inspirou-se em seus vestidos plissados – pregueados – para chegar ao produto final de sua invenção.
Outra versão diz que sua inspiração veio de um adorno de tecido plissado (ruffs and frills) que era usado em torno do pescoço pelos nobres da época.
Não se sabe ao certo como ele utilizava sua invenção para proteger os frascos de vidro que despachava. Supostamente as garrafas de vidro eram envolvidas com o papelão, que também preenchiam os espaços vazios dentro de caixas de madeira.
Já em 1874, Oliver Long registrou a patente US Pat. No 150.588, que atualizava e ampliava a patente de Jones com o papel corrugado revestido em ambos os lados com papel cartão. Isso possibilitou a criação da caixa de embalagem de papelão padrão tal como a conhecemos hoje.
Outra evolução no mundo das embalagens foi protagonizada pelo escocês Robert Gair em 1890. Ele era um fabricante de sacolas de papel no Brooklin desde a década de 1870. Durante a impressão de um pedido, acidentalmente, uma régua que frisava os sacos deslocou-se e passou a cortá-los.
Gair então descobriu que por corte e vinco em uma mesma operação poderia fazer caixas pré-fabricadas de cartão. Ou seja, peças planas fabricadas em massa, que uma vez dobradas se tornariam caixas. Naturalmente, a ideia se estendeu para o papelão ondulado e assim foi possível a produção industrial de caixas de papelão padrão, já na virada para o século XX.